ABB desenvolve disjuntor de baixa tensão que pode gerenciar energia

Substituição dos disjuntores tradicionais pode trazer economia de 5,8 milhões MWh. A ABB lançou na última quinta-feira, 11 de abril, o Emax 2, primeiro disjuntor de baixa tensão com funções de gerenciamento de energia integrada. A substituição dos disjuntores tradicionais existentes pelo disjuntor Emax 2 tem potencial para atingir uma economia anual de 5,8 milhões MWh, de acordo com a fabricante. A economia de energia poderá reduzir as emissões de CO2 em 4 milhões de toneladas. Para uma instalação individual, como um edifício, pode-se atingir uma redução de potência de pico de até 15%, usando o Emax 2 no lugar dos disjuntores tradicionais. Disjuntores desse tipo poderão ser usados na proteção e no controle de grandes quantidades de energia em um ambiente de baixa tensão como edifícios industriais e comerciais, data centers ou navios. Tecnicamente, a troca de um disjuntor existente pela solução da ABB é simples substituir um disjuntor existente pelo novo Emax 2. De acordo com a empresa, devido à economia de energia, o disjuntor Emax 2 normalmente se pagará em um ano. Segundo Tarak Mehta, responsável pela divisão de produtos de Baixa Tensão da ABB, os disjuntores oferecem uma das maiores oportunidades inexploradas no sistema elétrico para economia de energia. Eles têm sido utilizados para aumentar a segurança da rede e proteger os circuitos elétricos, mas agora poderão ser usados para economizar energia também. O disjuntor contém um relé de proteção com um controlador de energia integrado que mede e avalia o consumo e, em seguida, gerencia as cargas para manter ou reduzir o uso no pico de energia conforme determinado pelo usuário. Isso também irá ajudar na prevenção de blackouts a partir da origem dos frequentes picos de demanda que ocorrem durante o fornecimento. Para gerenciar a energia, a eletricidade fornecida para equipamentos não essenciais é desligada e novamente ligada assim que alcança níveis aceitáveis de potência. A tomada de decisão inteligente é realizada por um controlador embutido e um software, que utilizam algoritmos complexos para decidir quando é apropriado alternar a energia, mantendo a funcionalidade geral ou a produtividade dos equipamentos conectados. O disjuntor também tem um módulo de comunicação que lhe permite compartilhar o consumo vital e os dados de confiabilidade do sistema diretamente com a rede inteligente e com outros protocolos. O desenvolvimento do Emax 2 levou vários anos e foi conduzido pelo centro de desenvolvimento da ABB em Bérgamo, na Itália. Em 2012, a ABB investiu cerca de US$ 1,5 bilhão em pesquisa e desenvolvimento e continua empregando 7.000 técnicos em todo o mundo.