Abrava quer aquecedores solares em todas unidades do Minha Casa, Minha Vida

Ampliação do benefício para 1,45 milhão de casas traria economia de energia que pode chegar a mais de 700 GWh ao ano. A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento está propondo ao governo a ampliação do uso do aquecimento solar no Programa Minha Minha Casa, Minha Vida, para explorar mais o potencial da energia solar térmica. A Abrava quer aquecimento em 1,45 milhão de moradias do programa. Atualmente, a implantação do aquecimento solar no programa é feita apenas nas residências que se enquadram na faixa de renda até R$ 1.600. De acordo com a associação, caso o governo mantenha esta restrição, apenas 263 mil famílias serão beneficiadas com o aquecimento solar. Em 2012, os 8,4 milhões de m2 de coletores solares instalados no país geraram um total de 5.714 GWh, o correspondente a 1,3% do consumo nacional, próximo do necessária para abastecer o consumo anual de uma cidade como Brasília. Ainda de acordo com a Abrava, esse montante representa uma demanda que deixou de exigir o acionamento das térmicas no horário de pico para aquecimento de banho a um preço competitivo e sem impacto ambiental. A associação aponta ainda para estudo da Empresa de Pesquisa Energética que diz que caso sistemas de aquecimento solar fossem instalados em todos os 2 milhões de moradias previstas no programa, a economia poderia chegar a 741 GWh por ano, o suficiente par abastecer uma cidade como Vitória (ES). A adoção de SAS traz ainda economia que pode chegar a até R$ 17,10 por domicílio. A associação se vale ainda do índice de satisfação dos usuários de aquecedores solares mostrado em pesquisa feita pela Caixa Econômica Federal. 80% dos moradores mostram-se muito satisfeitos, 85% recomendariam o SAS a um amigo e 65% perceberam expressiva economia na conta de luz, entre R$ 20 e R$ 40.