Aneel mantém sazonalização do primeiro bimestre do ano

Por 3 a 1, diretores decidem manter operação, que suspensa, paralisou a liquidação do MCP. A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica decidiu nesta terça-feira, 26 de março, manter a sazonalização dos meses de janeiro e fevereiro deste ano. A operação do Mercado de Realocação de Energia tinha sido suspensa por pedido de efeito suspensivo da Eletrobras, que alegou prejuízos de cerca de R$ 600 milhões com Itaipu e Proinfa, na liquidação do mercado de curto prazo de janeiro. A Aneel vai abrir uma audiência pública para discutir a sazonalização de 2014. "Foi muito bom para o mercado, para os investimentos e para o futuro do setor elétrico. Muito sensata a decisão da agência", disse o presidente da Associação Brasileira de Comercialização de Energia à Agência CanalEnergia. A definição foi por três votos pela manutenção da sazonalização e um contra, do diretor relator do processo, Edvaldo Santana. (Alexandre Canazio. Colaborou Carolina Medeiros) ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Decisão da Aneel permite liquidação rápida de janeiro pela CCEE. Por sugestão da CCEE, correção de valores envolvidos será feita no processo de fevereiro. A decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica de manter a alocação de garantia física das usinas definida pelas empresas para os dois primeiros meses do ano vai permitir a liquidação das operações no mercado de curto prazo, tão logo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica cumpra os trâmites necessários. Para acelerar o processo, o presidente do Conelho de Administração da CCEE, Luiz Eduardo Barata Ferrreira, sugeriu que ajustes no processo decorrrentes da correção dos valores envolvidos pelo IGP-M sejam transferidos para a liquidação das operações de fevereiro. Barata também propôs à diretoria da agência a simplificação do processo relacionado ao aporte de garantias financeiras pelo agentes, para evitar que o acerto de contas entre as empresas sofra novos adiamentos."Há três dias nós liberamos as garantias que já estavam aportadas. Qualquer chamada de garantia agora seria uma pré-liquidação. Vamos direto para a liquidação", defendeu. Em razão da paralisação do mercado a câmara interrompeu o processo de desligamento de alguns agentes que não depositaram os valores previstos pela CCEE. A liquidação de janeiro envolve valores estimados pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia em cerca de R$ 6 bilhões. Na prática, ela destrava o fluxo financeiro para todos as empresas com créditos a receber e alivia a situação de geradores termelétricos que contavam com esses recursos para o pagamento do combustivel usado nos empreendimentos. (Sueli Montenegro)