CMSE: expectativa é chegar ao final de abril com 60% de água nos reservatórios do Sudeste
Ata da reunião de janeiro do órgão de monitoramento afirma que abastecimento está assegurado e que térmicas precisam ser despachadas na base do sistema.
Divulgada nesta quinta-feira, 7 de fevereiro, a ata da penúltima reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, realizada no início de janeiro, aponta que a expectativa do governo para os reservatórios das usinas hidrelétricas do Sudeste é que eles cheguem a 60% de seu armazenamento no final de abril, quando termina o período úmido. Atualmente, eles estão com 40% de sua capacidade.
A premissa tem como base a ocorrência de uma Energia Natural Afluente (ENA) de 80% da Média de Longo Termo (MLT) nos quatro primeiros anos deste ano. Além disso, a previsão considera que todas as térmicas continuarão despachadas e que a expansão da geração programada para ocorrer no primeiro quadrimestre de 2013 efetivamente acontecerá. Para o Nordeste, com ENA de 45% da MLT, a expectativa é que os reservatórios atinjam 50% de seu volume no mesmo período.
A ata do CMSE é sempre divulgada um mês após a realização da reunião, já que precisa ser aprovada no encontro subsequente. O Comitê esteve reunido em Brasília nesta última quarta-feira, 6 de fevereiro. Ao sair da sede do Ministério de Minas e Energia, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, afirmou que as termelétricas permanecerão ligadas até o final do período chuvoso.
Ainda segundo a ata, considerando a entrada do primeiro bipolo para as usinas de Santo Antônio e Jirau, para o período de maio a novembro de 2013, as condições de atendimento eletroenergéticas do Sistema Interligado Nacional também estão asseguradas.
Ficou registrado também a preocupação do órgão com relação à necessidade de despacho térmico na base. “Tendo em vista a capacidade cada vez menor dos reservatórios, por restrições socioambientais, e a incerteza do despacho eólico, devido a grande variabilidade dos ventos, torna-se relevante a utilização de usinas térmicas de base na matriz de energia elétrica brasileira”, diz trecho do documento.
(Milton Leal)