Empresas aguardam regras de mercado livre de gás

Além das 28 empresas já autorizadas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) a comercializarem gás natural, outras companhias estão de olho em novas regras para o setor do gás e a abertura do mercado livre. Para elas, o desenvolvimento do mercado livre de energia elétrica (para grandes consumidores) vai se repetir no de gás. A Ecom Energia está abrindo uma outra empresa e também vai pedir à ANP a autorização para atuar na área. Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo já têm um marco legal para o mercado livre de gás. "A lei do gás ainda depende de regulamentações, mas é uma tendência ter o mercado livre no setor, com o qual temos muita sinergia", diz Paulo Toledo, sócio-diretor da Ecom Energia. As grandes indústrias poderão comprar no mercado livre e não só no regulado da distribuidora -como ocorre atualmente. "Queremos preparar o consumidor para daqui cinco ou sete anos", afirma Toledo. Ainda não há nenhuma negócio de gás por falta de regulamentação. "A ideia é, quando houver comercialização, comprar gás da Petrobras, hoje é praticamente só ela." Há outros entrantes, como a British Gas, que podem ter sobras e vender no mercado livre. "O país quer ser competitivo. Precisa abrir para trazer novos players. O governo vai ter de tirar um pouco desse monopólio ou essa mão tão pesada da Petrobras", afirma. (Maria Cristina Frias)