EPE: consumo de energia cresce 2,5% no primeiro trimestre

Consumo residencial puxou subida, crescendo 6,6% no período. Em março, consumo nacional teve queda de 0,5%. O consumo de energia elétrica no primeiro trimestre de 2013 ultrapassou a marca dos 114,6 mil GWh, revelando um crescimento de 2,5% na comparação com o mesmo período de 2012, de 111.875 GWh. De acordo com dados da Resenha Mensal de Energia Elétrica, divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, quem liderou o aumento foi o consumo residencial, que cresceu 6,6% no período, registrando 31.725 GWh frente aos 29.755 GWh do primeiro trimestre de 2012. O setor foi seguido pelo setor comercial, que cresceu 6,1%, passando de 20.147 GWh nos primeiros três meses de 2012 para 21.369 GWh no mesmo período desse ano. O setor industrial teve uma retração de 2,4% no período, caindo de 45.197 GWh para 44.097 GWh. Em março, o consumo total de energia na rede foi de 38.396 GWh, número 0,5% menor que os 38.606 GWh de março do ano passado. Puxado pelo aumento da posse de eletrodomésticos e um maior uso dos aparelhos, o setor residencial cresceu no trimestre 1.970 GWh, sendo puxado pelas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. No Nordeste, a o destaque ficou com o Ceará, que ampliou seu consumo em 14,3%. Segundo a Abrava, as vendas de condicionadores de ar crescem em ritmo intenso na região Nordeste, já chegando a 17% da região. Em março, o consumo foi de 10.362 GWh, 0,9% maior que os 10.273 GWh do mesmo período do ano passado. As temperaturas mais baixas impactaram na diminuição do consumo das famílias na região Sul e Sudeste. Nas outras regiões, o consumo residencial foi superior a 8%. O crescimento do setor terciário, refletido na expansão das vendas de shoppings centers, foi o carro-chefe do consumo comercial no primeiro trimestre. A região Nordeste foi a que mais cresceu, subindo 8,9%, sendo seguida pela Sudeste, que teve um aumento de 6,5% no consumo no período. Em março, o consumo total do segmento foi de 7.151 GWh, valor 1,4% maior que o do ano passado, de 7.049 GWh. O crescimento no mês foi o menor registrado desde novembro de 2010, impacto pela temperatura e pelo calendário de faturamento. Já a queda de 2,4% no trimestre apresentada no consumo industrial foi impactada pela diminuição do nível de produção do setor, causada pela retração no preço do cobre, alumínio, aço e níquel, o que fez com que estados que se destacam na produção desses metais vissem seu consumo despencar, com o Maranhão, que registrou queda de 14,8% no trimestre e o Pará, com 12,8%. Em contrapartida, o consumo industrial no Rio de Janeiro cresceu 5,3% e no Nordeste, 7,3%. Em março, o consumo industrial foi de 15.066 GWh, caindo 3% na comparação com o consumo de março de 2012, de 15.532 GWh. O consumo também foi impactado pela baixa produtividade da metalurgia e da extração mineral. (Pedro Aurélio Teixeira)