Gás natural muda o mercado de energia nos Estados Unidos

Empresas detentoras de marcas famosas pressionam para associar seus nomes ao combustível limpo. O boom do gás natural já começa a inverter a indústria de energia nos Estados Unidos, deslocando carvão e barateando o custo da eletricidade. O setor de transporte rodoviário de cargas começa a dar um salto para a frente na mudança do petróleo para o gás natural de queima mais limpa. Este mês, a Cummins, um maior fábrica de motores dos EUA, começou a vender novos motores movidos a gás natural Uma rede de postos de abastecimento já permite viagens de longa distância, tornando viável o uso do gás pelos transportadores rodoviários. Grandes fabricantes, como a Procter & Gamble, preocupados em associar suas imagens ao combustível mais ecológico, começam a renovar suas frotas com caminhões movidos a gás. O mais recente sinal do impulso do gás natural no transporte é a decisão da United Parcel Service (UPS) de trocar sua frota de 800 caminhões por modelos a gás este ano. Os veículos vão usar os novos motores Cummins, produzidos em associação com a Westport Innovations. A UPS, como o resto da indústria, ainda tem um longo caminho a percorrer na conversão, mas o governo concede incentivos na forma de créditos fiscais e subvenções. Nos últimos quatro anos, o boom da perfuração de gás natural de xisto produziu um excesso de combustível de baixo custo. A economia para os caminhoneiros é de cerca de US$ 1,50 por galão. Além de mais barato, a queima é mais limpa, tornando mais fácil para atender as normas de emissões. O combustível doméstico também fornece algum isolamento da geopolítica volátil que pode elevar os preços do petróleo a qualquer momento. O preço dos veículos movidos a gás, que custam o dobro dos convencionais, ainda é uma barreira que o país tenta atravessar. Outra dificuldade é o número ainda reduzido de postos de abastecimento. Agora, além empresas detentoras de marcas famosas como Nike e Wal-Mart também começam a pressionar para garantir o transporte de suas mercadorias por veículos a gás natural. Com isso, fabricantes de caminhões começaram a lançar modelos novos adaptados para o combustível. (The New York Times)