Gás será vetor de crescimento da Cemig nos próximos anos

Prevendo bons resultados com a fonte, empresa já está em contato com investidores que atuam no mercado norte-americano. A Cemig espera que o gás seja um importante vetor de crescimento para a empresa nos próximos anos. A empresa possui participação em quatro blocos de exploração de gás não convencional no Vale de São Francisco, em Minas Gerais, que tem gerado boas perspectivas para a empresa. De acordo com Luiz Fernando Rolla, diretor de relações com investidores da empresa, há uma conjuntura positiva para a empresa. "Esse gás está dentro da área de concessão da Gasmig, não precisaremos pedir licença à ANP para fazer gasodutos de linhas de transmissão, que a área já tem no caso de implantação de usinas térmicas". Lembrando que o consumo de gás no país é inferior ao de países menores como a Argentina, o que já traz um grande potencial, Rolla garantiu a disposição da empresa em investir no gás não convencional afirmando que a empresa já está em contato com investidores norte-americanos que já tem dedicação - no país o mercado já está consolidado - para troca de experiências e tecnologias. Inicialmente, a participação acionária desses investidores seria de 50%, mas o valor de subir. "Pode ser mais, depende da vontade deles". O executivo trabalha para ter a participação desses investidores concluída nos próximos meses. O executivo aposta que o gás não convencional vai ter um impacto tão grande na economia quanto ocorrido nos Estados Unidos, em que segundo ele, o baixo preço da fonte fez com que a fonte carvão ficasse pouco competitiva e indústrias que haviam abandonado o país fossem reativadas. "'Esperamos que tenha o mesmo efeito aqui que os EUA. Lá houve uma transformação gigantesca", revela. Para ele, esse novo gás é importante, porque alivia a Petrobras no posto de única fornecedora do insumo. A atuação neste blocos faz com que a empresa não pense em participar das próximas licitações da ANP. A previsão é de que em dois ou três anos gás proporcione um grande fluxo de caixa para a empresa. A Cemig pretende concluir a aquisição de 40% de participação acionária na distribuidora paulista de Gás Brasiliano com a Petrobras. A operação depende ainda de aprovação do agente regulador. (Pedro Aurélio Teixeira)