Governo já discute possibilidade de leilões regionais de energia
Nelson Hubner admitiu ainda que o uso de térmicas poderá ser maior, principalmente, das com CVU mais baixo.
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, Nelson Hubner, revelou nesta terça-feira, 22 de janeiro, que o governo já admite a possibilidade de realização de leilões regionais de energia. O assunto, segundo Hubner, foi discutido no Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico e pode vir a ser considerado no planejamento de expansão do sistema.
Até agora, apenas o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Hermes Chipp, defendia abertamente a necessidade de leilões localizados de novos empreendimentos de geração, para reduzir fragilidades no abastecimento de energia em determinadas regiões.
"Tem algumas áreas em que há necessidade maior de térmicas", reconheceu o diretor da Aneel, ao explicar que é possível aprimorar o mecanismo de definição da melhor localização para esses empreendimentos. "Quando começou não tinha como fazer seleção, porque tinha pouca térmica. Agora, com número maior, pode aprimorar", disse.
Esse tipo de leilão, segundo Hubner, deve considerar os beneficios para o consumidor. Ele explicou que uma termelétrica com custo adicional de geração, por exemplo, pode compensar o investimento ao dispensar a realização de obras de transmissão.
O diretor da Aneel disse que "o normal daqui para frente, a tendência, é de que tenha um acionamento maior de térmicas, principalmente de termicas com CVU (Custo Valor Unitário) baixo". Mas ponderou que a necessidade de despacho maior ou menor dessas usinas vai depender da hidrologia.
(Sueli Montenegro)