Leilão A-5: preço-teto não diferencia energias limpas de poluentes, diz Unica

Certame estipulou preço máximo de R$ 140/MWh para todas as fontes. Apenas a hidrelétrica de Sinop teve preço diferenciado, de R$ 118/MWh. O preço de referência estabelecido para o próximo leilão A-5, de R$ 140/MWh, valerá tanto para empreendimentos termelétricos com base no carvão mineral e gás natural quanto para os da fonte biomassa. Apenas a hidrelétrica de Sinop teve preço-teto diferenciado, de R$ 118/MWh. Para a União da Indústria da Cana-de-Açúcar, essa decisão significa que os impactos positivos e negativos de cada fonte de geração não serão refletidos nos preços estabelecidos. Zilmar de Souza, gerente de bioeletricidade da Unica, avalia que a biomassa tem qualidades que não são consideradas corretamente nos leilões "genéricos", que novamente vai misturar diferentes fontes renováveis e não renováveis que apresentam custos e benefícios dispares. "Não é correto tratar a bioeletricidade como se fosse uma energia produzida com base em carvão ou gás. A geração por meio de fontes poluidoras e não renováveis acarreta um custo ambiental que recai sobre a sociedade, proporcionando benefícios ilegítimos ao agente econômico. Somente por isso já se justificaria um tratamento diferenciado para a bioeletricidade", comentou.