Leilão de LTs termina com deságio de 12,76% e dois lotes sem lances

Construtoras e FIP Caixa Milão, da holding J&F, foram os destaques do certame, que teve RAP total de R$ 78.042.505,26. O leilão de linhas de transmissão realizado nesta sexta-feira, 12 de julho, na Bolsa de Valores de São Paulo terminou com deságio de 12,76% totalizando uma receita anual permitida de R$ 78.042.505,26. Dois lotes A e G não receberam propostas apesar de haver empresas habilitadas para dar lances. O Fundo de Investimento em Participações Caixa Milão, formado pela holding J&F, controladora do frigorífico JBS, liderou os consórcios vencedores dos lotes B e C. Já o consórcio MGF-Energy ficou com os lotes D e E. O lote F ficou com o consórcio Pantanal, formado por CEL Engenharia (51%) e Celg GT (49%). O consórcio Pantanal ficou com o lote F por sorteio. Isso porque a disputa foi para a etapa viva-voz, com a empresa Cobra Servicios Y Instalaciones, depois de oferecerem a mesma proposta R$ 4,258 milhões. Como os dois concorrentes não fizeram lances, mesmo após a redução do desconto mínimo sobre preço ter sido reduzido de R$ 10 mil para R$ 5 mil, a regra do leilão determina que, em caso, de propostas iguais e sem lances viva-voz, haja o sorteio. Já o consórcio MGF-Energy, formado por MFG Engenharia e Incorporações (95%) e Geoenergy Engenharia e Serviços (5%), ficou com os lotes D e E, sem disputa, dando deságios de 17,35% e 10,17%, respectivamente. A holding J&F reforçou sua presença no setor de transmissão ao levar os dois lotes que disputou. No lote B, que ficou com o consórcio Vale São Bartolomeu, no qual tem 51%, a empresa tem como sócias Furnas (39%) e Celg GT (10%). O lote reforço o sistema do Distrito Federal. “O sistema de transmissão arrematado por Furnas é estratégico porque inclui instalações que já pertencem à empresa e vão aumentar a oferta e a confiabilidade do fornecimento de energia em importantes regiões do país”, afirmou a diretora de Planejamento, Gestão de Negócios e Participações de Furnas, Olga Simbalista. A estatal foi a única do grupo Eletrobras a ter uma participação vitoriosa no certame. Já no lote C, vencido pelo consórcio BIG Energia, o FIP Caixa Milão tem 60%% e como sócias duas construtoras Bimetal Energia (35%) e Geoenergia Soluções de Sistemas de Energia (5%). Veja abaixo o resultado do leilão por lote: Lote A - LT 230 kV Rio Branco I - Feijó (357 km); - LT 230 kV Feijó - Cruzeiro do Sul (300 km); - SE 230/69 kV Feijó - (3+1R) x 10 MVA RAP máxima: R$ 32.953.840,00 (Não houve lance) Lote B - LT 500 kV Luziânia - Brasília Leste C1 e C2 (67 km cada circuito); - LT 345 kV Samambaia Sul - Brasília Sul C3 (14 km); - LT 230 kV Brasília Sul - Brasília Geral (13,5 km subterrânea) C3; - SE Brasilia Leste (6+1R) x 180 MVA. RAP final: R$ 27,4 milhões Deságio: 11,63% Vencedor: Consórcio Vale São Bartolomeu Lote C - LT 230 kV Rio Grande II - Barreiras II, CS, 14,5 km; - LT 230 kV Rio Grande II - Barreiras I, CS, 2,6 km; - LT 230 kV Rio Grande II - Barreiras I e LT 230 kV Rio Grande II - Barreiras II, CD, 105,9 km; - SE Barreiras II 500/230 kV - 230 kV, (3+1R) x 100 MVA; - LT 230 kV Gilbués II - Bom Jesus II, CS, 153 km; - SE Eliseu Martins - instalação de Compensador Estático (-20/+30 MVAr); - SE Gilbués II 500/230/69 kV - pátio novo 230 kV, 1 x 250 MVA e pátio novo 69 kV, 2 x 50 MVA; - SE Bom Jesus II 230/69 kV, 2 x 50 MVA. RAP final: R$ 31,956 milhões Deságio: 13,46% Vencedor: Consórcio BIG Energia Lote D - LT 230 kV Garibaldi - Lajeado 3, CS, 47 km; - LT 230 kV Lajeado 2 - Lajeado 3, CS, 16,4 km; - SE Lajeado 3 230/69 kV, 2 x 83 MVA; - SE Vinhedos 230/69 kV, 2 x 165 MVA; - LT 230 kV Candiota - Bagé 2, CS, 49 km RAP final: 9.858.913,08 Deságio: 17,35% Vencedor: Consórcio MGF-Energy Lote E - LT 230 kV Lagoa Nova II - Currais Novos II, CD, 28 km; - SE Currais Novos II 230/69 kV, 2 x 150 MVA. RAP final: R$ 4.929.592,18 Deságio: 10,7% Vencedor: Consórcio MGF-Energy Lote F - SE Campo Grande II 230/138 kV, 2 x 150 MVA RAP final: 4,258 milhões Deságio: 5% Vencedor: Consórcio Pantanal Lote G - LT 230 kV Coelho Neto - Chapadinha II, CS, 74 km; - LT 230 kV Miranda II - Chapadinha II, CS, 129 km; - SE Chapadinha II 230/69 kV, 2 x 100 MVA RAP máxima: R$ 10.648.300,00 (não houve lance) (Alexandre Canazio)