LER negocia 675,5 MW médios ao preço médio de R$ 110,51/MWh

Valor mínimo foi de R$ 98,50 por MWh com deságio de mais de 15% sobre o preço-teto de R$ 117 por MWh. O 5º leilão de energia de reserva negociou um total de 118.428.660 MWh de energia ou 675,5 MWmédios. O preço médio de venda ficou em R$ 110,51 por MWh. Esse valor corresponde a um deságio médio de 5,5% sobre o preço-teto de R$ 117 por MWh. No leilão A-5 realizado em dezembro do ano passado, a fonte atingiu um preço médio de R$ 87,94 por MWh. O volume financeiro transacionado foi de pouco mais de R$ 13 bilhões em contratos de 20 anos. No total, o leilão de energia de reserva viabilizou a contratação de 1,5 GW de capacidade instalada em parques eólicos. Foram comercializados 6.755 lotes de 0,1 MW médio de energia, ou 675,5 MWmédios, e a garantia física ficou em 700,7 MW médios, distribuídos em 66 empreendimentos. A grande maioria dos parques eólicos que foram contratados estão na região Nordeste, apenas quatro estão na região Sul do país. Do total 28 parques estão na Bahia, seis no Ceará, 14 no Piauí, sete em Pernambuco e outros sete no Rio Grande do Norte. O empreendimento mais caro ofertado foi da CEC por dois parques na BA, município de Caetité com R$ 116,29/MWh que ficou como o preço de corte na fase uniforme. Já o menor valor ofertado ficou com o Consórcio EGP - Serra Azul, também na Bahia, com preço de R$ 98,50 por MWh, deságio de 15,81%. (Maurício Godoi) ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Grupo Eletrobras é o maior vencedor do Leilão de Reserva. Chesf vendeu energia de 25 parques, enquanto Furnas emplacou 13 parques no Nordeste. O grupo Eletrobras foi o maior vencedor do Leilão de Reserva, que aconteceu nesta sexta-feira, 23 de agosto. Dos 66 parques que venderam energia no certame, 38 tinham participação de Furnas ou da Chesf. Os parques eólicos com participação da Chesf representam 27% do total de energia vendida no certame, de 1,5 GW, enquanto os de Furnas representam 16,6%. A participação das empresas em todos os consórcios era de 49%. Furnas se aliou ao FIP Caixa Milão e conseguiu emplacar 13 parques, divididos em dois complexos: o Punaú, formado por sete centrais geradoras a serem construídas nos municípios de Rio do Fogo e Pureza, no Rio Grande do Norte (Cervantes I e II, Punaú I, Carnaúba I, II, III e V); e Baleia, com seis parques em Itapioca, no Ceará (Bom Jesus, Cachoeira, Pitimbu, São Caetano, São Caetano I e São Galvão). Já a Chesf vendeu energia de três parques na Bahia em parceria com a Brennand Energia - Baraúnas I, Mussambê e Morro Branco -, localizados no município de Sento Sé. A estatal ainda firmou parceria com a Sequóia Capital e a Casa Forte Investimentos para a construção de oito parques no município de Pindaí, também na Bahia. Com o Salus FIP e Contour Global, a Chesf vendeu energia de sete empreendimentos no Piauí. "O resultado desse leilão mostra que a Eletrobras não está parada, que ela tem algumas vantagens competitivas que ela conseguiu explorar nesse certame", comentou Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico. Além das estatais, a Enerfin vendeu energia de quatro parques no Rio Grande do Sul e a Casa dos Ventos vendeu energia de sete parques - Ventos de Santa Brigida I, II, III, IV, V, VI e VII -, em Pernambuco. De acordo com o secretário executivo de Energia de Pernambuco, Eduardo Azevedo, o sucesso no certame ratifica o trabalho que vem sendo feito no estado. "A partir desse trabalho, conseguimos mostrar que os ventos de Garanhuns são bons". O secretário também ressaltou que dessa vez os projetos do estado não foram preteridos em função de projetos na Bahia e outros estados do Nordeste. Na Bahia ainda entraram nove projetos da Renova; três projetos da CEA Energia, pertencente a CER, antiga EPP Energia Participações; dois parques do Consórcio Energia Caetité, da Rio Energy; além de três projetos da Enel Green Power. "Isso mostra mais uma vez que a estratégia que foi desenvolvida pelo governo do Estado é uma estratégia que mostra resultados positivos. Nós elegemos a eólica como prioridade do desenvolvimento estadual. Colocamos uma equipe estruturada a disposição das empresas para que elas pudessem obter as licenças, a regularização fundiária no tempo adequado para participar do certame e elas mostraram que os ventos da Bahia são os melhores do Brasil", declarou Rafael Valverde, superintendente da Indústria e Mineração da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia. (Carolina Medeiros. Colaborou Pedro Aurélio Teixeira)