MME demonstra interesse na participação de carvão mineral no A-5

Apesar do alto impacto ambiental, uso da fonte na base seria justificada pelo baixo CVU e para garantir a segurança energética da região Sul do país. Apesar de ainda não possuir uma data definida, o secretário de Desenvolvimento e Planejamento Energético do MME, Altino Ventura Filho, afirmou nesta sexta-feira, 19 de abril, que o ministério deverá divulgar, entre abril e maio, uma portaria com diretrizes para o leilão A-5 trazendo as definições sobre a contratação de energia proveniente de usinas térmicas a carvão mineral. De acordo com o secretário, "não posso precisar o dia que vai sair, mas o ministério está sim organizando essas diretrizes e oportunamente o ministro vai estabelecer, através de portarias, as diretrizes que orientarão a EPE para habilitar os projetos. Então somente depois dessa portaria é que nós vamos ter a segurança de que essas usinas serão, de fato, desenvolvidas". Para Ventura, a utilização dessas usinas, apesar do impacto ambiental, se justificaria pela necessidade atual do sistema elétrico brasileiro por usinas que tenham baixo CVU, com vocação para operação na base e não apenas para complementação da matriz. "Nesse contexto é que o ministério está examinando a questão do carvão mineral como usina térmica de base se ajustando a necessidade brasileira", disse. No entanto, o secretário lembrou que "de forma nenhuma esse consumo vai ser transferido para o consumidor como ocorre com as usinas de complementação". Além disso, o Ventura também alega a questão da segurança energética da Região Sul, que depende dos períodos hidrológicos dos rios Iguaçu e Uruguai e do suprimento vindo do Sudeste, como fator justificável para utilização da fonte na base (Tatiana Resende)