Para ex-diretor da Aneel, vocação da fonte solar fotovoltaica é na geração distribuída

De acordo com Nelson Hubner, uso de grandes extensões na geração centralizada impede outras atividades nas áreas. A geração distribuída deve ser a grande vocação da fonte solar fotovoltaica no Brasil, na opinião de Nelson Hubner, ex-diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica. De acordo com Hubner, o fato da geração centralizada solar se utilizar de grandes áreas para instalação das placas fotovoltaicas em detrimento de uso e plantio da terra vai tirar a sua atratividade. Hubner participou nesta sexta-feira, 28 de junho, de Seminário sobre Redes Inteligentes realizado pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ainda de acordo com Hubner, são poucas áreas no país que tem uma terra completamente inútil e as usinas solares fotovoltaicas gastam uma área muito grande para implantação dos empreendimento, o que não as deixaria viáveis. "A fonte solar é muito mais viável com geração distribuída, no teto da sua casa, das indústrias ou supermercados", observa. A complementaridade com parques eólicos não muda a opinião do ex-diretor. Para ele, o grande ganho que o dono da terra tem é o de ganhar a receita pela permuta do terreno e continuar usando o seu terreno, podendo cultivar o que ele quiser. "A eólica não o inibe em nada e com a solar, ela vai cobrir toda a extensão da terra, perdendo a área útil", explica. Por outro lado, Hubner, que agora faz parte do Gesel, não acredita que a fonte, que irá participar do próximo leilão A-3, vá enfrentar algum tipo de percalço com relação a cronograma, devido ao seu rápido tempo de implantação (Pedro Aurélio Teixeira)