São Paulo lança Plano de Energia querendo chegar em 2020 com 69% de renováveis na matriz do estado

Plano Paulista de Energia está alinhado a Política Estadual de Mudanças Climáticas elaborada pela secretaria de energia. O governo do Estado lançou nesta quinta-feira, 18 de julho, o Plano Paulista de Energia, que propõe políticas públicas para o desenvolvimento sustentável do Estado de São Paulo, com foco em energias renováveis e eficiência energética. De acordo com a secretaria, o PPE projeta aumento da participação de fontes renováveis na matriz energética do Estado: a presença dessa energia deve aumentar dos atuais 55,5% para 69% até 2020 - uma meta alinhada à Política Estadual de Mudanças Climáticas. As propostas foram organizadas nos eixos temáticos eletricidade, biocombustíveis, eficiência energética e gás natural. O plano considerou as características de São Paulo em sua elaboração. O estado, que responde por mais da metade da produção nacional da cana-de-açúcar, pretende expandir o aproveitamento da bioenergia gerada a partir do bagaço e da palha do insumo e ainda do biogás de vinhaça. De acordo com o PPE, até 2020, São Paulo pode ampliar o potencial instalado de bioeletricidade de cana dos atuais 4,8 mil MW para 13 mil MW, com investimentos de R$ 28 bilhões, oriundos da iniciativa privada. A geração eólica e fotovoltaica também deve contribuir para a ampliação da matriz renovável no Estado. O plano também propõe criar a disciplina de Eficiência Energética e Uso Racional da Energia Elétrica na rede pública e estimular a construção civil eficiente, por meio da introdução de requisitos de eficiência nos códigos de obra. O PPE sugere ainda o gás natural como substitutivo de combustíveis poluentes nos processos industriais. As ações da Secretaria de Energia já estão alinhadas com as diretrizes do PPE. É o caso do Atlas Eólico do Estado de São Paulo, do estudo Levantamento do Potencial da Energia Solar Paulista, do Programa Paulista de Biogás e do Programa Paulista de Biocombustíveis. O desenvolvimento do PPE foi coordenado pela Secretaria de Energia, com orientação do Conselho Estadual de Política Energética e teve a contribuição de mais 70 entidades, como universidades, secretarias de Estado, institutos de pesquisa e associações de classe.