EPE quer dar mais atenção para geração distribuída

Novo presidente anuncia mais estudos para o tema, abordando o ProGD

O novo presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Luiz Augusto Barroso, afirmou que trará mais dinamismo e notoriedade a esse setor. O executivo esteve presente em evento da Associação da Indústria de Cogeração de Energia na manhã da última quinta-feira, 4 de agosto, em São Paulo (SP). Durante o evento, Barroso debateu o avanço da geração distribuída no país e disse que a EPE está elaborando uma série de estudos sobre o tema – em especial sobre o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica. 

De acordo com ele, quando se pensa o que se quer do setor elétrico para o século XXI, a cogeração entra como uma das principais tecnologias para cobrir lacunas. Ele quer trabalhar para desenvolver esse setor ainda mais nos próximos anos. Barroso disse ainda que o setor energético vive um novo momento e deverá ter avanços significativos para que mercado e população possam contar cada vez mais com o que há de melhor no Brasil.

Segundo o presidente da Cogen, Newton Duarte, é necessário que o setor olhe cada vez mais para o papel da Geração Distribuída, em especial nos grandes centros metropolitanos. Para ele, há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de energia, o que já levou até mesmo à já defendida campanha de uso mais racional de energia por parte do governo. Duarte pede algumas medidas para mudar o quadro, como o uso de grandes térmicas a gás natural, fomentar a cogeração fazendo uso extenso das competências regionais, como a cana de açúcar nas usinas de açúcar e álcool no centro sul e do gás natural nos grandes centros metropolitanos e promover a micro e mini geração solar, com forte fomento ao empreendedorismo privado.

Dados da Cogen mostram que houve um crescimento superior a 100% no número de micro e minigeradores de energia até julho de 2016. Dentre os benefícios dessa prática para os consumidores, há a promoção da diversidade em um mercado de energia competitivo, a menor volatilidade nos preços de energia, além da redução da emissão de carbono com a utilização de fontes renováveis.