Grandes projetos de energia dão lugar às fontes próximas do consumidor

Durante seminário na FIESC, especialista diz que empreendimentos como a Itaipu, que estão distantes dos centros de consumo e dependem de grandes linhas de transmissão, estão perdendo espaço no país e no mundo

Florianópolis, 6.4.2016 – Os grandes projetos de geração de energia elétrica, como é o caso da Itaipu, estão perdendo espaço para a geração distribuída, que são pequenas fontes localizadas próximas do consumidor final. Nesse novo modelo de geração também estão incluídas as residências que produzem energia e colocam o excedente na rede da concessionária. O assunto foi abordado pelo presidente da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Newton Duarte, durante seminário promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta quarta-feira (6), em Florianópolis. A Cogen reúne 95 organizações que integram a cadeia do setor no país.

“O setor elétrico no mundo está passando por uma nova fase. No passado, o Brasil tinha excelentes projetos hidrelétricos e grandes blocos de geração distantes dos centros de consumo, com grandes linhas de transmissão. Mas esse mundo está terminando. As novas oportunidades estão caminhando para a geração distribuída, que vai se dar onde consumimos a energia”, afirmou Duarte. Na opinião dele, as mudanças exigirão das distribuidoras, geradoras, transmissoras e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) uma nova maneira de atuar no setor.

Newton também falou sobre cogeração de energia, que é a produção simultânea e de forma sequenciada de duas ou mais formas de energia a partir de um único combustível. “Quando usamos o gás natural, conseguimos atingir até 94% da eficiência da molécula e com isso podemos dizer que é extremamente sustentável, porque a partir dele conseguimos produzir água quente, vapor, água gelada para o ar-condicionado, além de gerar eletricidade para abastecer um prédio”, exemplificou o presidente da Cogen.

Na indústria, o potencial é para projetos de geração a partir do biogás e biomassa da cana-de-açúcar, casca de arroz ou das aparas de madeira. Segundo ele, há projetos de biomassa de madeira da região sul que participarão do leilão A-5, previsto para o dia 29 de abril.

O diretor de desenvolvimento institucional e industrial da FIESC, Carlos Henrique Ramos Fonseca, que coordenou o evento, disse que é muito importante para as empresas ter alternativas para geração de energia elétrica e térmica para suas plantas. “É um fator de competitividade. Nosso objetivo é aprofundar cada vez mais a discussão desse tema, além de trazer mais alternativas para suprimento de energia”, concluiu.

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